No dia de hoje (19), a nossa redação foi informada que uma Pesquisa Eleitoral, cuja identificação é a RN - 02362/2020, tinha sido protocolada no TRE/RN. Após verificar no site do TRE/RN os dados publicados sobre a pesquisa, resolvemos de imediato investigar alguns detalhes que chamaram a atenção da nossa reportagem, que são eles:
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1. Quem contratou a pesquisa? 

 Pesquisa Eleitoral. Fonte: site do TSE.
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Um cidadão por nome de "Jonatha Clayson Costa de Souza", o qual é o proprietário da empresa "Real Soluções Inteligentes", cujo capital social é R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), foi quem encomendou a pesquisa eleitoral em Macaíba. Conforme mostra-nos a imagem acima extraída do site do TSE, o valor pago pela pesquisa foi de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
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Nota fiscal de serviço. Fonte: site do TSE.
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PORÉM, no comprovante (acima) emitido pela Prefeitura de Parnamirim (pois a empresa de pesquisa funciona em um apartamento de Nova Parnamirim), consta que a empresa de pesquisa "V2", recebeu R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) pelo serviço de pesquisa. Uma diferença de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) de acordo com o valor informado de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
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 Casa que supostamente funciona a empresa "Real Serviços Inteligentes" em Pajuçara - zona norte de Natal. Fonte: Google Maps.
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Ao descobrirmos o endereço de quem tinha encomendado a pesquisa eleitoral especulativa de Macaíba, vimos que era uma empresa localizada em Pajuçara, na zona norte de Natal. Ao consultar no "Google Maps", ficamos surpresos com o endereço que nos é informado no CNPJ da empresa. Ao verificar que se tratava de uma casa com "características residenciais", nossa equipe foi até o endereço para constatar se de fato existia essa empresa lá. Ao chegar no local informado, perguntamos aos vizinhos, e foi-nos falado que a pessoa de "Jonatha Clayson Costa de Souza", não mais residia naquele endereço há um certo tempo, informação essa confirmada por uma moradora do endereço, que se identificou como sendo sua "prima", e alegou para a nossa reportagem que ele estava morando no "Cidade das Rosas" na cidade de Extremoz. Procurei no endereço indícios de existir essa empresa no local, e não foi visto nada relacionado.

Uma pergunta que não quer calar é: 

Qual a finalidade de um cidadão que possa estar morando em Extremoz, pagar R$ 2.500,00 (ou R$ 4.000,00?) para uma empresa de pesquisa entrevistar 600 pessoas em Macaíba? Ele tem blog, espaço em revista, jornal ou rádio para divulgar tal pesquisa? Existe uma terceira pessoa interessada na pesquisa que não quis aparecer?
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 Comprovante do CNPJ da empresa "V2 Data Consultoria". Fonte: Receita Federal
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Comprovante de CNPJ da empresa "Real Soluções Inteligentes". Fonte: Receita Federal
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Outra pergunta não quer calar:

Observando os dois CNPJ's da empresa que fez a pesquisa, a "V2", e o da empresa "Real Soluções Inteligentes" que encomendou a pesquisa, podemos ver dois detalhes bastante interessantes, que são:
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1. A empresa da pesquisa encomendada (V2), foi aberta no dia 11/03/2020, portanto, esse mês. Dois dias depois de aberta, ou seja, no dia 13/03/2020, a empresa iniciou a pesquisa eleitoral em Macaíba, encomendada pela empresa da zona norte de Natal que, por incrível que pareça, abriu a empresa no dia 11/03/2019, ou seja, no dia que a empresa que encomendou a pesquisa fez seu primeiro aniversário, a empresa da pesquisa (V2) foi aberta.

2. A professora de estatística, Luciana Silva de Sousa Vitiello, que é a proprietária do instituto de pesquisa "V2", que fez a pesquisa em Macaíba, era professora de cursos da FACERN, empresa essa que o vereador Netinho França vivia fazendo propaganda de um tal curso de pedagogia, dizendo que era uma parceria da On Byte com a FACERN.

Um recado: O "V2" foi interceptado antes de atingir o adversário. Sem mais.
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 Jornalista do Diário de Macaíba


 

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