O Diário de Macaíba, em sua busca incansável pela verdade, teve acesso ao processo 0100913-95.2014.8.20.0121 que envolve a vereadora Rita de Cássia e outro, no conhecido caso de desvio de quase 40 mil reais da conta bancária da Câmara Municipal de Macaíba em 2012. Segundo relatos do Ministério Público nos autos do processo, podemos ver claramente que, a vereadora Rita, a qual estava interinamente na Presidência da Câmara em 2012, utilizou-se da sua prerrogativa de Presidente da Câmara, e em 02 de outubro de 2012, (a poucos dias do dia da eleição municipal de 2012, a qual se deu em 07 de outubro de 2012) e, juntamente com outro, assinaram um cheque de 39 mil reais, que fora sacado, numa agência bancária em Macaíba. De posse do dinheiro sacado, segundo relatos do processo, esses valores foram levados até a Câmara Municipal, e ficaram a disposição da vereadora Rita, em seu gabinete presidencial.
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Cópia do cheque, cujos valores foram desviados. Fonte: autos do processo
Porém, como pudemos ler nos autos, nenhuma despesa foram pagas com esses valores, uma vez que, para que haja de fato uma despesa de natureza pública, essa precisa passar primeiramente pelos trâmites legais, isto é, empenho, liquidação e pagamento. Ora, tal circunstância não se averiguou, sendo assim, verificada pelo Controle Interno da Câmara Municipal, assim, avisada ficou a vereadora Rita de tal irregularidade. Após avisada, a vereadora Rita tentou remediar a situação, devolvendo à conta da Câmara Municipal através de depósito, os valores originalmente sacados pelo cheque assinado no dia 02 de outubro de 2012. Desde o dia do desvio em 02 de outubro de 2012 e o dia da restituição parcial em 21 de dezembro de 2012, o dinheiro esteve 80 dias entre uma data e outra em seu poder. Acontece, que os valores que estavam sob o domínio da vereadora Rita por 80 dias, não foram devolvidos à época com juros e correção, os quais, quando foram calculados os juros e correções pelo MP, até a data de sua devolução parcial, ficaram, portanto, restando a quantia de R$ 593,80 como valores a serem restituídos, à conta da Câmara Municipal de Macaíba. Diante de tudo o que foi exposto, pede o MP, a sua condenação.
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Crédito de 39 mil reais que se efetivaram na conta da Câmara em 21.12.2012
Fonte: autos do processo
A vereadora Rita se elegeu em 2012, e após esse fato, anos depois, concorreu na eleições de 2016, sendo novamente eleita vereadora em Macaíba. Não sabemos, porém, como se deu as notícias desse fato à época pelos meios comunicativos. O que nós sabemos, é que pessoas no Brasil, como a vereadora Rita, continuam sendo eleitas pelas cidades, Brasil afora. Se o povo não está satisfeito com os serviços públicos que a cidade oferece, é só parar para perceber, como estão votando. O cidadão esclarecido vota na vereadora Rita? Não sabemos. O que sabemos, é que um voto de um cidadão que tem plenos direitos e garantias de exercer seu voto, é depositado numa figura pública como a vereadora Rita, que pouco ou não quase nada faz por essa cidade.
A vereadora Rita foi a 4° vereadora MAIS votada em Macaíba no pleito de 2016. Foram 1.724 votos depositados numa pessoa que está em dias de ser CASSADA. O que mais me espanta, é essa demora da justiça ser feita. Quero dizer aos 1.724 eleitores que saíram das suas casas para votar em Rita vereadora, que vocês tem a liberdade de votar em quem vocês quiserem, afinal, vivemos em uma democracia, mas, olhe para a sua cidade, olhe para a sua volta, e não reclamem nada, se falta isso e aquilo. Todo esse atraso e descaso que vivenciamos em nossa cidade, você eleitor, também é culpado. Da próxima vez que fores sair de casa para exerceres teu direito de eleitor, pense se o teu voto vai melhorar ou se vai desgraçar ainda mais a tua cidade. Sem mais!
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Mário Henrique
Colunista do Diário de Macaíba
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