Nos últimos anos, o Rio Jundiaí vem recebendo vários tipos de castigos: esgotos sendo despejados em seu leito, lixos de toda a sorte, vegetação nativa mal cuidada entre outros. O Rio Jundiaí vem sofrendo todos os dias diversos tipos de impactos, que atingem toda a biodiversidade presente em seu ecossistema. A foto acima, tirada hoje pela manhã, dá uma certa dimensão de como a vida que há no rio está: cercada de todo embaraço, sufocada, sem espaço para sobreviver, rodeada de todas as mazelas. O pobre caranguejo, não tem ideia que tipo de desordem circula o seu mundo. Porém, nós humanos, temos ideia e certeza do que isso representa: falta de conscientização das pessoas, falta de compromisso do poder público e falta de fiscalização dos orgãos responsáveis.


Essa água que está sendo depositada no leito do rio, não é água de chuva. Essa água é proveniente dos comércios e residências próximas ao rio. Essa tubulação foi feita, apenas para conter águas de chuva, porém, ligações clandestinas de esgoto, a tornaram também um meio pelo qual os esgotos são lançados no rio. 




O rio, o manguezal, juntamente com a sua vegetação, são uma riqueza natural. Porém, muitas pessoas ainda não se conscientizaram da destinação correta dos lixos que elas mesmas produzem. É necessário, porém, que a SEMURB e a Secretaria de Educação, façam um trabalho conscientizador nas escolas fundamentais, valendo ponto, para que as crianças em idade apropriada, façam atividades de campo nas margens do rio, observando os caranguejos, observando os adultos limparem os lixos do rio, que possivelmente os pais delas depositaram. Quem sabe até se não é permitido a ajuda delas também na tal limpeza? Só assim, elas vão crescendo, aprendendo e se conscientizando sobre como conviver com o meio ambiente de nossa cidade e conservá-lo.





Existe, porém, uma outra preocupação: as árvores que ladeiam o Rio Jundiaí, estão bastante grande. Com o crescimento dessas plantas, o solo típico de mangue, que não apresenta nenhuma sustentação ao peso da árvore, pois com o vento, ela balança, por ser grande e pesada, naturalmente ela irá pender, e o solo não a sustentará, e possivelmente, poderá provocar algum acidente. Por pertencer aquele ecossistema, não é aconselhável a retirada das árvores, pois causaria um impacto ambiental ao rio e a vida que nele há, porém, é aconselhável que haja podas, para que a altura das árvores sejam mantidas num certo padrão. Lembrando a todos, que a poda precisa ser liberada por orgão responsável, como por exemplo, o IDEMA.

Seria interessante que o gestor municipal, buscasse apoios junto ao Governo Federal e junto ao Governo do Estado para a construção de uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), que irá tratar todas as águas decorrentes de esgotos de nossa cidade. As lagoas de captação instaladas em alguns bairros de nossa cidade, para coletar águas de esgoto, são apenas medidas paleativas, pois ainda tem sua parcela de contaminação do meio ambiente. Porém, com uma ETE, todas as águas de esgoto seriam tratadas em um só lugar, e despejadas no rio, num grau de pureza superior as águas já presentes nele. O Governo do Estado tem investido em Natal para deixá-la 100% saneada, com a construção de novas ETS's, totalizando 5 ao todo. Em Macaíba só bastava uma ETE, e já resolveria todo o problema de esgotos, inclusive os que são depositados todos os dias em nosso rio, configurando assim, o CRIME AMBIENTAL. O Ministério Público, porém, precisa fiscalizar esses esgotos irregulares. A culpa desses esgotos não é da atual gestão, porém, o fato de não fazer nada para tentar resolver esse problema, sim. O prefeito irá fazer 16 anos de mandato, e o saneamento básico, que é o BÁSICO em uma cidade, por aqui não tem. Saneamento básico é uma questão de saúde pública! Ele que é médico sabe disso. Quem sabe se ele ficar mais 16 anos no poder, não resolva? Só sei de uma coisa: Sangue de Cristo tem poder!
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Fotos: Mário Henrique
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Mário Henrique
Colunista do Diário de Macaíba








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