Uma denúncia chegou à nossa redação, e dava conta que, no site "divulgacandcontas", site esse pertecente à Justiça Eleitoral, ao qual, todas as prestações de contas e de candidaturas estão nele inseridas, mostrou um fato inusitado. Ao ser orientado a consultar as contas do prefeito eleito Fernando Cunha no referido site, e clicando na aba "Representantes", tivemos uma surpresa.

Valdério à esquerda e Adauto à direita
Fotos: perfil Facebook de Valdério/Adauto: internet

Lá apareceu o candidato Fernando Cunha, como "administrador financeiro" da campanha, e logo abaixo, quem apareceu? O Procurador do Município Adauto Evangelista Neto, que é advogado da Prefeitura, e que estava advogando a campanha do médico Fernando Cunha. Logo abaixo, quem apareceu? Valdério Barbosa Vieira, secretário lotado na Chefia de Gabinete da Prefeitura de Macaíba e contador, e ele, aparece sendo contador da campanha de Fernando Cunha, conforme imagem abaixo:
-
Reprodução: site "divulgacandcontas"

O procurador Adauto Evangelista e o secretário Valdério Vieira, não apenas trabalharam  na campanha do médico Fernando Cunha, como afirmam eles mesmos, em informações enviadas ao site do TSE, como também, foram doadores financeiros da campanha. Não é errado fazer doação, desde que não seja pessoa jurídica (empresa), conforme manda a Lei.

Reprodução: site "divulgacandcontas"

O que nós queremos perguntar aqui, é o seguinte: Onde terminava o agente público (prefeito) Fernando Cunha e onde começava o agente político (candidato) Fernando Cunha? Existia esse limite? Pois, já corre na Justiça Eleitoral, a investigação sobre o possível uso da máquina pública (prefeitura), durante a campanha, para "doação" de carradas de areia. Nessa matéria, podemos ver, que existem dois secretários municipais, que não estavam afastados de suas atividades laborais na Prefeitura durante a época da campanha, e nem foram exonerados à época, conforme o Portal da Transparência mostra.

"Contracheques" de Valdério Vieira, referentes a agosto, setembro e outubro/2016

"Contracheques" de Adauto Evangelista, referentes a agosto, setembro e outubro/2016

Existiu nesse caso, ABUSO DE PODER POLÍTICO e/ou ABUSO DE PODER ECONÔMICO por parte do candidato à época Fernando Cunha, ao colocar dois secretários, para representá-lo contabilmente e juridicamente na sua campanha? A Lei proíbe a utilização de agentes públicos em campanha eleitoral. Esse caso será investigado pela Justiça Eleitoral. Caso se comprove a ilegalidade, o prefeito recém-empossado Fernando Cunha, poderá perder o seu mandato, com base na Lei Eleitoral 9.504.  
-
Mário Henrique
Colunista do Diário de Macaíba






Postar um comentário

 
Top