O Casarão dos Guarapes, cuja história macaibense nasceu há 140 anos em seus alicerces, e está sendo apagada a cada tijolo que cai em suas ruínas, cujas paredes ainda estão de pé, devido a fé do grande homem que o construiu (Fabrício Gomes Pedroza), vai sendo esquecida e abandonada por aqueles que deveriam zelar, por uma das únicas construções que ainda resistem ao tempo, mas que grande importância teve e tem, para o nosso Estado, principalmente para a nossa economia. 

Nos tempos em que as águas do Rio Jundiaí, eram águas navagáveis, muitos cereais vindos do interior, passavam por esse rio, através de suas embarcações. Era algodão, milho, feijão entre outros produtos, oriundos das fazendas e sítios do interior. Como as águas que pelas terras de Macaíba passavam primeiro, através do seu rio, antes de se encontrarem com as águas do Rio Potengi (Natal), Fabrício Gomes Pedroza, o qual era um hábil comerciante, logo negociava essas mercadorias vindas do interior, sendo ele um dos primeiros a comprá-las, através do seu porto, para depois revendê-las. O Casarão dos Guarapes foi testemunha dos tempos de glória em Macaíba. Houve época que em Macaíba, se exportava 22 embarcações de cereais para a Europa, enquanto Natal, embarcava 18. Tempos de glória, tempos de ouro vivenciou Macaíba! Nessa época, até se cogitava que a capital do Estado, deveria ser Macaíba, pela sua grande importância na balança comercial do Estado.

Hoje, o Casarão dos Guarapes é apenas uma lembrança que está morrendo, nas mãos e nos olhos, daqueles que assistem essa cena, os quais, MESMO COM HUM MILHÃO DE REAIS DISPONÍVEIS para tocar a obra, nem se interessam, nem vão atrás. Dinheiro esse que está prestes a ser DEVOLVIDO, caso não se ache a utilidade, para o qual ele foi destinado: A reforma do Casarão dos Guarapes. A lembrança dá saudade, o presente só dá tristeza. A parte mais importante da história macaibense não pode ficar apenas nos livros, nas memórias. Essa história precisa ser contada para os filhos, para os netos e assim por diante, de forma real e concreta! O Casarão dos Guarapes incentivou a economia, e poderá incentivar o turismo cultural! Cabe a quem for de direito, as providências necessárias para ressuscitar aquela história! Porém, sem união de forças, nada vai para frente. 

A União(Brasília) já fez a sua parte. Cabe ao Governo do Estado, a Fecomércio, a CDL, a Fundação José Augusto, a Academia de Letras, o Instituto Histórico e Geográfico do RN, a Câmara Municipal de Macaíba, a Prefeitura Municipal de Macaíba e a todos os interessados, que possamos UNIR forças, para que esse projeto saia do papel! Para isso, é que um ilustre filho macaibense, a saber, Valério Mesquita, vem através desse blog, solicitar para que seja realizada uma audiência pública na Câmara Municipal de Macaíba, para que o tema "Casarão dos Guarapes", seja debatida por todos os interessados. Sem mais.
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Mário Henrique
Colunista do Diário de Macaíba


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