No Brasil estamos vivenciando mudanças importantes na política. Vimos que o Estado tem enriquecido muitas empresas, através de contratos de fachada, ou, com contratos multimilionários, e, quando estes recebem o acréscimo previsto em lei de até 25%, estes contratos proporcionavam um lucro imenso, tanto para os empresários, como para aqueles que recebem a propina pelo aumento, ou, também dizendo, na forma de patrocínio de suas campanhas eleitorais.

Em muitas cidades do RN, além de existir fortes indícios de enriquecimento de empresas com recursos públicos, as quais, possivelmente, levam dinheiro para o bolso de políticos com a finalidade de se manterem no poder, esse dinheiro sujo que, ao passar por essas empresas e pelos seus internos procedimentos contábeis, se tornam "dinheiro legal", e esse fato é mais conhecido como "lavagem de dinheiro".

Somente o dinheiro não torna uma pessoa apta ao poder. É necessário pessoas, e o principal: OS VOTOS. Por essa razão, esse dinheiro serve para comprar pessoas, principalmente, as lideranças políticas, que na verdade, muitas vezes, são falsas lideranças políticas, pois essa "liderança", se deve ao fato de manter o seu "curral eleitoral" suprido de exames médicos, conseguidos com o apoio interno nas secretarias de saúde espalhadas pelo Brasil, passando na frente de pessoas que já estão na fila há muito tempo. Supridos de remédios, que se conseguem na base da amizade e do apoio político nos postos, e cirurgias, que se ignora os pacientes com extrema necessidade, e atende-se logo aquele que está apoiado em uma "liderança".

Porém, a manutenção do poder vai muito além disso. Se não bastasse o dinheiro que enriquecem empresários, e que esse dinheiro lavado, termina no bolso de políticos, para incentivar a privada vida luxuosa e suas campanhas, se não bastasse a livre oferta de itens de saúde, através das falsas lideranças, que se valem da estrutura do Poder Executivo para incentivar a sua base eleitoral, a si manter presa em seus "favores", que são convertidos depois em votos eleitorais, essas ditas lideranças, através desses votos e do seu "curral eleitoral" fixo, acabam ganhando cargos! E se os cargos não existem para acomodá-los, isso é simples! ELES SÃO CRIADOS! 

Dessa forma, alimentado e suprido é, um exército de cabos eleitorais, que saem às ruas com toda a pompa, robustez e ostentando riquezas obtidas com "vida fácil e tranquila", para poder passar para a população nas campanhas eleitorais, que aquele modo de vida que eles ostentam, vai um dia chegar até eles (o povo, mas nunca irá chegar), pois o povo não sabe que, por trás dessa encenação toda, por trás dessa ostentação toda, existe um prejuízo enorme, naqueles que procuram a merenda e não tem, naqueles que procuram o remédio e não tem, naqueles que procuram exames e cirurgias e não tem, naqueles que nunca vão ver a obra "A" ou "B" terminada. Assim é a vida de gado! Onde os vaqueiros (lideranças), trabalham para manter o gado preso (povo), para que o rico fazendeiro (o líder), possa dar de "beber do leite" e "comer do queijo" que o povo produz (impostos), para engordar todos aqueles que estão na Casa Grande.
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Mário Henrique
Colunista do Diário de Macaíba
e
Ativista de Controle Social de Gastos Públicos


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