Essa semana, um vereador de Macaíba, ao me ver em um determinado lugar, cumprimentou-me, e não disfarçando a sua inquietude em tocar no assunto, logo deixou transparecer que se sentiu ofendido e "queimado", por a matéria veiculada por esse Diário, tratar do tema da identificação dos carros da Câmara, por adesivo nas portas, cuja petição, foi apresentada no Ministério Público de Contas (MPJ-TCE) em Natal. Eu realmente fiquei perplexo, sem palavras. Não esperava que um vereador municipal, cuja principal função constitucional, é a de fiscalizar os recursos públicos municipais, fosse se sentir ofendido assim. Ora, se o fiscal do povo que é o vereador, não gostou do assunto, e se sentiu ofendido por a matéria falar sobre o controle dos gastos públicos, sobre a economia de combustível do carro oficial do Poder Legislativo, carro esse pago pelo povo, e que esse contrato de combustível, ultrapassa os 400 mil reais anuais, e sobre o uso devido do carro oficial, APENAS EM FUNÇÃO DO MANDATO LEGISLATIVO, eu, realmente, não sei o que esse vereador sabe o que significa os dizeres "dinheiro do público".

Então, se o MP cair em cima desse assunto, esses carros poderão ser adesivados, assim como também terão um "diário de bordo", onde todos deverão escrever nele, para onde o carro foi, e qual quilometragem percorreu. Depois, tudo deverá ser postado no Portal da Transparência, para acompanhamento do povo, pois o povo é quem paga a conta. Claro que esse assunto não agrada em nada, aqueles que não querem "andar na linha", aqueles que não querem fazer a coisa correta. Quase não se vê vereador fiscalizando obras, merenda, isso e aquilo. Mas o carro é para ser usado para isso! Nem levar um veículo oficial para a sua casa ele pode. Caso seja denunciado, ele pode ser processado, condenado e ter a sua ficha suja, por uso indevido de veículo oficial, que é justamente uma apropriação de veículo oficial, para fins pessoais. O carro oficial, é para ser usado apenas para fins legislativos. Somente. Semana que vem, estaremos indo ao MP-TCE novamente, cobrar ao Procurador-Geral, urgência nessa questão. Não adianta colocarem imã de identificação nas portas. O pedido para o qual foi feito, é para ser ADESIVADO, com aqueles adesivos, que se tirar, arranca a tinta da porta. Sem mais!
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Mário Henrique
Colunista do Diário de Macaíba


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