A UPA - Aluízio Alves é considerada uma das mais organizadas, na visão de alguns profissionais que ali trabalham. Porém, na visão de alguns pacientes e usuários da Unidade de Pronto Atendimento, alguns detalhes precisam ser mudados. Primeiramente, a UPA está internando pacientes. Isso é bom e é ruim ao mesmo tempo. O bom é que a UPA dispõe de leitos apropriados para receber pacientes com quadros clínicos que requerem uma atenção maior. Para isso, a UPA dispõe de uma equipe preparada para o que der e vier. O lado ruim dessa história, é que a UPA não foi projetada para internar ninguém. O colunista desse Diário, esteve na UPA acompanhando uma parente sua. Nesse dia, estavam 5 pessoas idosas internadas na "Sala Amarela". Acontece que, como a UPA não é um hospital e está mais para um pronto-socorro convencional, todas as áreas ficam muito próximas umas das outras. A "Sala Amarela", por exemplo, tem como vizinha, a sala infantil. Todas as crianças que chegam na UPA, tem que passar pela sala de internação, que é onde estão os pacientes idosos. É muito difícil, alguém aplicar uma injeção numa criança, e ela não gritar e chorar bastante. As crianças chorarem e gritarem quando são submetidas às injeções, é algo totalmente natural e normal. Não tenho nada contra isso. Porém, por a sala das crianças ficar praticamente dentro da sala das internações, propriamente dos idosos, pois são usuários frequentes, acaba incomodando um pouco, o repouso do medicamento, ou do próprio sono, uma vez que é muito difícil para uma pessoa doente, principalmente idosos, dormir num ambiente bastante agitado. Seria interessante que o Hospital Regional pudesse receber esses pacientes, pois acredito que lá, o ambiente seja mais tranquilo. Tem plantões na UPA, que é uma verdadeira agitação para quem precisa de repouso. Uma acompanhante me falou que, só não foi transferida da UPA pro Hospital Regional, pois a medicação do marido dela, só tinha na UPA. 
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BARULHOS

Alguns equipamentos da UPA, precisam de uma certa atenção. Vamos destacar cada um deles:
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Cilindro de oxigênio: 
Seria interessante que se colocasse rodinhas nesse cilindro, pois quando esse cilindro é solicitado, o profissional vem o arrastando pela alça, no chão, no meio do corredor. Quem precisa dormir pelas tantas da madrugada, é só o que se ouve. Fui até onde o cilindro estava e o levantei apenas por curiosidade, e constatei, que ele não é pesado. Rodinhas no cilindro, por gentileza.


Cesto do lixo da Sala Amarela: 
A função dos cestos de lixo é bastante clara e objetiva. Porém, esse cesto de lixo da UPA, da Sala Amarela, tem uma função a mais: zabumba. Quando o pessoal vai abrir esse cesto, a tampa dele desce com tanta velocidade, que o impacto assusta quem está dormindo. O som carinhoso que esse cesto provoca, pode ser ouvido da entrada da UPA. Quem achar que é mentira, que se dirija até lá para constatar. Pise no pedal e solte-o de vez, como sempre fazem e verão o barulho. Um aparador de batida nessa tampa, por gentileza.


Acompanhante da Sala Amarela:
Uma internação hospitalar, é um verdadeiro sofrimento, tanto para o doente, como para o acompanhante. Percebi que na UPA, já que estão internando pacientes, os acompanhantes dispõe de uma cadeira plástica para poder passar seu tempo junto com seu ente querido. Dormir a noite inteira e passar o dia todo, sentado numa cadeira dessa, é bastante sacrificante. Uma acompanhante que eu conversei por lá, disse que já fazia mais de 20 dias que dormia numa cadeira dessa. Quando fui visitar minha vó no Onofre Lopes, percebi que por lá, existe uma poltrona acolchoada e reclinável, que se transforma num leito, para quem quer dormir. Esse detalhe é muito pequeno, porém, é muito proveitoso e humanizado, para quem está como acompanhante. Talvez quem esteja lendo essa mensagem, não saiba o que é isso. Peço que durma por essa noite numa cadeira plástica, que conhecerão a experiência. Entendo que uma unidade hospitalar não é um hotel, porém, alguns detalhes no atendimento fazem muita diferença.

Cadeira para acompanhante da UPA

Poltrona para acompanhante do Hospital Onofre Lopes

Sopa para acompanhante: 
Quando eu passei a noite na UPA, como acompanhante, recebi uma quentinha com sopa como refeição. A sopa estava muito gostosa. Porém, a embalagem de quentinha de alumínio que veio com a sopa dentro, é bastante mole para se colocar sopas e refeições líquidas. Uma embalagem dura, como a quentinha de isopor, além de ser melhor para se colocar sopas, não derrama no colo de ninguém. Como eu não sabia que era sopa dentro daquela embalagem mole, acabei sujando a minha roupa com a sopa. 

Quanto aos funcionários, gostaria muito que o quadro dos enfermeiros, um dia, pudessem receber insalubridade, adicional noturno, 13° salário, FGTS e outras garantias. Infelizmente, segundo eles, todos são contratados. Esses profissionais trabalham bem, são atenciosos, e tem um atendimento bastante humanizado. Claro que entre os bons profissionais, tem aqueles que não são. Esses, com o tempo acabam saindo. A UPA, é uma conquista para Macaíba e para quem a procura. Porém, queremos que o Hospital Regional de Macaíba, se torne uma referência em saúde pública. Muitos pacientes poderiam estar usando as dependências do hospital, como antes faziam. Ele é grande, espaçoso, ventilado, e bem localizado. Os macaibenses esperam ansiosos que um dia ele funcione normal. 
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Mário Henrique
Colunista do Diário de Macaíba









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